O início

 Meu nome é Luiz, tenho 24 anos e sou formado em TI. Moro com meus pais e meu irmão mais novo no Rio de Janeiro, enquanto meu irmão mais velho se mudou recentemente para São Paulo com sua família. Nossa vida é bem comum; gosto de passar meu tempo no computador, estudando e jogando. Meu pai, um subtenente dos fuzileiros com mais de 25 anos de serviço, sai cedo para o trabalho, enquanto minha mãe, que é secretária escolar, acorda um pouco mais tarde.

1º Capitulo - O início 

Parecia ser mais um dia normal. Meu pai saiu muito cedo, por volta das 5h, mas hoje, ao invés de ir de carro, decidiu ir de bicicleta. Às 6h, minha mãe se levantou e, surpreendentemente, eu também. Decidi fazer meus exercícios cedo para aproveitar o resto do dia livre.

— Bom dia, filho. Acordou cedo hoje. — disse minha mãe enquanto eu preparava o café.

— Bom dia, mãe. Hoje vou fazer meus exercícios cedo e ficar livre o resto do dia.

— Vai sair para arrumar um emprego?

— Não sei ainda. Acabei de me formar e empregos na área de TI são mais fáceis de conseguir pela internet do que pessoalmente. Nem sei onde começar a procurar um emprego de programador, haha.

Continuamos conversando enquanto tomávamos o café. Depois, liguei a TV para ver as notícias do dia. No início, era só o de sempre: tragédias e problemas cotidianos. Mas então, algo inesperado aconteceu. A programação foi interrompida por uma notícia urgente. Meu coração acelerou e chamei minha mãe.

"Será algum atentado ou uma guerra se aproximando?" pensei, ansioso.

A tela mostrava um âncora sério:

— Urgente, às 6h10min no horário de Brasília. Um vírus letal está se espalhando pela Europa. Sua origem é desconhecida e os sintomas levam à morte em minutos. Ainda não sabemos a forma de contágio, mas centenas de pessoas foram hospitalizadas e quarentenas foram declaradas. Fiquem ligados para mais informações.

Lembrei da pandemia do coronavírus, mas será que isso seria pior? Preocupado, sugeri à minha mãe que faltasse ao trabalho por precaução, mas ela insistiu que precisava ir.

— Talvez demore para o Brasil declarar quarentena. Não posso faltar agora. — disse ela.

Entendi seu ponto e não insisti. Passei os próximos 20 minutos atento à TV, esperando novas atualizações.

— Agora, às 6h30min no horário de Brasília. Relatos de mortes estão chegando de todo o Brasil. A situação na Europa virou um caos em menos de 20 minutos, com corpos espalhados pelas ruas. Há boatos de mortos se levantando, mas nada foi confirmado. Recomendamos que fiquem em casa e aguardem um possível pronunciamento oficial.

Olhei para minha mãe, preocupado. O que isso significava para nós? A tensão no ar era palpável.